Oi, eu sou Raquel, e sim, a postagem de hoje será por escrito por motivos de: problemas técnicos. Só pra explicar: gravei várias vezes até achar que o conteúdo do vídeo condizia com o que eu gostaria de falar, mas no fim das contas, fiquei sem foco o vídeo inteiro e isso já me tirou do sério. Pra piorar a situação, minha licença gratuita do editor expirou e por enquanto não tenho condições de comprar uma, e leva tempo pra encontrar outro editor gratuito com os mesmos recursos. Por sorte, durante todo meu estresse de tentar gravar o suposto vídeo de hoje, tive a ideia de escrever um texto sobre o tema, meio que como uma válvula de escape, e é ele que vocês lerão agora. VAI TER TEXTÃO SIM!
Preciso desabafar. Ando revoltada como esta guerra de "solidariedades" que está acontecendo no Facebook. Sabemos que o Facebook é um site usado mundialmente, e se tem uma coisa que vem sendo falada no mundo inteiro, é o atentado terrorista que aconteceu em Paris na última sexta-feira. O fato é que as pessoas sentem necessidade de ser solidárias, e diante desta situação é um tanto complicado ser solidário. Então o Facebook, de forma inteligente, deu um jeito nisso, dando pras pessoas uma forma simbólica de ser solidárias (E por que não se usamos símbolos o tempo todo?). Esta solidariedade é necessária, já que, afinal, as consequências deste acontecimento são ainda mais graves do que ele em si.
O grande problema foi a reação de várias pessoas ao fato de brasileiros terem aderido à ferramenta criada pelo Facebook. É como se ao colorir o perfil com as cores da França, as pessoas tivessem assinado um pacto para esquecer dos problemas do Brasil. E... NÃO!!! É completamente possível se preocupar com os resultados de um atentado terrorista na França e ainda assim se importar com o que está acontecendo aqui.
O Brasil acabou de passar pela pior tragédia do mundo relacionada a mineração, resultando na morte de um rio, de fauna, flora, pessoas... há pessoas desabrigadas e passando por necessidades de água e alimentos... Sim, precisamos nos preocupar. Só que as pessoas decidiram, ao invés de buscar formas práticas de serem solidários (através de doações, ou até mesmo de compartilhamentos de informações úteis), hostilizar e tentar invalidar qualquer manifestação de solidariedade que não fosse voltada à Mariana-MG, e principalmente se fosse voltada aos atentados de Paris.
Entendam que encher redes sociais com argumentos vazios e informações falsas (as pessoas se importam tão pouco que nem pra checar as informações antes de espalhar) está longe de ser algo solidário e quem tem compartilhado esse tipo de coisa está longe de ser superior a quem tem a bandeira da França sobre uma foto.
Então, antes de passar vergonha, que tal pensar no que é mais importante: se preocupar de verdade com tragédias, ou caçar tretas na internet?
E este é meu desabafo, e agora, depois de finalmente sentar e falar sobre isso, sinto um peso a menos nas costas.
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